Extrações dentárias
Você já parou para analisar como o mundo ao seu redor mudou e muda a cada dia? Pense em tudo que te cerca: telefone, internet, bancos, aeroportos, educação, saúde. “Ops”, agora pense mais um pouco neste último item: SAÚDE! Observe quantos avanços houveram na medicina e na odontologia, lembre de quando era criança e como era difícil ir ao dentista. Observe, as coisas mudaram mesmo não é? Hoje, um dos últimos procedimentos que o dentista realiza é a extração dentária ou exodontia, ele está condicionado a “salvar o dente”! Fará uma série de procedimentos e somente se não houver mais o que fazer ele irá extrair. Mas veja bem, isso depende muito de você, então, não deixe para procurar o dentista em últimos casos.

Mas afinal, o que o dentista faz para evitar a extração de um dente?
Quando o caso for cárie (tipo de doença causada por bactéria, agravada pela falta de cuidados e higiene, que destrói as camadas do dente, chegando até a raiz e causando fortes dores) o dentista vai obturar o dente. Restauração é um tipo de tratamento em que restaura cada camada danificada dos dentes. Com as ferramentas necessárias o dentista remove (limpa) as partes atingidas e preenche a cavidade com material de restauração. Em casos mais graves em que a infecção tenha destruído o dente mais profundamente, o dentista, na tentativa de salvar o dente, ainda pode tentar um tratamento de canal. Este procedimento requer a retirada da polpa, que trata-se de um tecido mole que fica no núcleo do dente, nela encontram-se nervos e os vasos sanguíneos, neste estágio o paciente sente muita dor. Mas mesmo assim, o dentista pode remover. No caso de que a cárie já tenha atingido a raiz, a única solução é a extração dentária. Um dente restaurado pode durar a vida toda, por esse motivo é que todas estas tentativas valem a pena.
Se for em caso de apinhamento, dentes inclusos e falta de espaço o dentista vai sugerir um tratamento que pode incluir cirurgia e aparelhos dentários na tentativa de empurrar os dentes para abrir estes espaços.
O apinhamento pode ter motivo genético ou desenvolvimento incorreto da arcada que causam graves problemas. Mordida incorreta pode ser consequência de fortes dores de cabeça, doenças digestivas, entre outras. O dentista irá sugerir uma série de tratamentos ortodônticos para os diferentes períodos da vida.
Extração de dentes na infância e na fase adulta, quais as diferenças?
“Extrair um dente” é uma famosa expressão que conhecemos bem cedo, já na infância temos as primeiras experiências, já que é realmente inevitável fazermos a troca da dentição, e é também a fase que aprendemos a importância dos cuidados e da higienização correta. É igualmente na infância que sofremos os primeiros acidentes, quantos de nós quebramos dentes nessa fase. Nessa primeira etapa existe uma preocupação com a formação da arcada adulta, o que poucos sabem é que as consequências não se diferem muito das da fase adulta por que a perda de um dente irá modificar a arcada também no o paciente adulto, quando falta um dente a boca toda se movimenta para completar aquele espaço.
Outro problema que muitos conhecem logo cedo é o apinhamento dentário, quando acontece a troca da primeira dentição e os dentes de leite caem ou são extraídos, na fase muito jovem, a boca ainda não tem espaço para todos os dentes, então o tratamento ortodôntico é necessário e quanto antes tiver início menores serão os traumas.
Quando a extração dentária for inevitável, o que acontece?
A extração de um dente pode ser um processo simples, com uma anestesia local, o dentista solta o dente e o arranca, usando as ferramentas apropriadas. Em casos de apinhamento é que pode ter um procedimento cirúrgico mais complexo, que será estudado pelo dentista após os exames e radiografias necessárias.
Quando todas as tentativas e tratamentos acima não são mais possíveis e a extração for inevitável, temos outra questão séria a tratar: o espaço que sobre entre os dentes.
O espaço em que o dente ocupava ficará vazio?
A perda de um dente pode ter implicações sérias que envolvem toda a boca, nosso corpo trabalha instintivamente para se adaptar a qualquer perda, assim a arcada dentária começará a se alinhar para completar o espaço que ficou vazio e isso pode decorrer uma série de outros problemas para a saúde, além de entortar os demais dentes. Para evitar isso, o dentista irá sugerir um implante que é a reposição daquela raiz e daquele dente perdido por uma prótese. Quanto antes este procedimento for realizado após a extração, mais simples e barato será.
Quais os tipos mais comuns de extração dentária?
Mais comuns são os procedimentos de extração do dente siso e dentes inclusos, seguidos pela extração dentária dos, não menos populares, dentes quebrados e danificados por cáries.
Sisos, e não cisos, são aqueles dentes que nascem já na fase adulta e ficam posicionados bem ao fundo da arcada. O que acontece é que muitas vezes não há mais espaço na boca para estes dentes, então eles precisam ser extraídos, há casos em que eles permanecem inclusos, quer dizer que ficam retidos no interior do maxilar e não consegue erupcionar (nascer). Os motivos podem ser diversos: obstáculos mecânicos, patologias, doenças sistêmicas, infecções, má posição do dente e enfim, a falta de espaço. Considerando ainda que não somente os sisos podem ficar inclusos, qualquer outro dente também pode.
Qual a melhor idade para extrair dentes inclusos?
O melhor momento para a extração destes dentes é na fase jovem, até os 18 ou 20 anos, nesta idade o dente está completando a sua formação e o osso que envolve o dente é mais elástico no que nos adultos, o procedimento é mais simples e a recuperação é mais rápida.
Dentes inclusos podem necessitar de cirurgias mais precisas com a remoção dos obstáculos que impedem a sua saída, além de cortar os tecidos da gengiva, em alguns casos é preciso cortar o dente para extraí-lo sem prejudicar os demais.
Prejuízos que a extração dentária sem reposição pode causar à saúde:
Como pudemos ver, a perda de um dente pode interferir significativamente em toda a cavidade bucal, prejudicando não somente a estética, mas a funcionalidade da mastigação e do sistema digestivo, além disso, a disfunção mastigatória pode causar outros problemas como infecções na face e dores de cabeça.
Quando um dente é extraído, tanto faz se for na arcada superior ou inferior, a tendência é de que passamos a mastigar mais do lado oposto, exercendo maior pressão afim de preservar o lado da incisão, além da arcada dentária fazer a movimentação óssea para preencher o espaço que fica vazio, ainda existe maior fricção com a gengiva que tende a ficar ferida. Isso quer dizer que vai tirar tudo do lugar.